Caro assinante,
Depois de um período de lateralização, tivemos uma semana bem agitada com novo teste do topo histórico que veio seguido de forte retração após bater na resistência dos USD 69k. Mas o que causou toda essa volatilidade e qual é o cenário daqui pra frente? É o que vamos investigar nesta 12ª edição da newsletter que entra em seu 3º mês de vida!
Vamos aos destaques da semana:
Notícias sobre inflação americana reforçam a tese do bitcoin no longo prazo.
Uma nova liquidação em cascata derruba em poucas horas o preço do BTC.
Tudo apontando para uma nova fase de acumulação do smart money.
Receita diária de mineradores se mantém em níveis altos.
Ativação do Taproot provavelmente já está precificada, mas a notícia deve ser comemorada.
Inflação recorde nos EUA
A inflação americana chegou a 6.2% no mês de Outubro, sendo o maior número em 31 anos. Após a divulgação deste dado o bitcoin disparou na direção dos USD 69k, provavelmente na carona da narrativa de que a cripto moeda é uma das principais proteções contra a desvalorização fiduciária. Para muitos isso não é nenhuma novidade, e só reforça a tese do bitcoin como uma reserva de valor com propriedades que nenhum outro ativo possui.
Mas a empolgação gerada pela notícia não durou por muito tempo, e logo uma queda se estendeu pelas próximas horas, levando a cripto moeda abaixo dos USD 63k. Mas o principal motivo do sell-off aparentemente não teve nenhuma relação com fundamentos ou notícias, mas sim com o excesso de contratos alavancados em exchanges.
Mais de USD 132 milhões em contratos encerrados
Mesmo com o cenário macro otimista para o bitcoin, fiz um alerta sobre o aumento dos contratos alavancados na última edição. De tempos em tempos um evento de desalavancagem é necessário para que se elimine os excessos e permita o preço seguir a sua direção de forma mais orgânica.
Como regra geral, o aumento no open interest somado à perda de força no preço, cria um cenário bearish. Isso se agrava quando a margem usada como colateral é em cripto e não em USD ou stable coin. Isso foi exatamente o que presenciamos entre os dias 10 e 11 de Novembro.
Abaixo podemos ver com mais detalhes o desenrolar da liquidação em cascata que levou ao sell-off. No total, foram encerrados em poucas horas mais de USD 132 milhões em contratos apostando na alta. Foi uma das maiores liquidações dos últimos meses, mas ainda pequena quando comparada a que aconteceu em Março-Abril deste ano.
No gráfico que mostra os níveis de liquidação na corretora Binance, podemos ver em detalhes os principais pontos onde haviam grandes volumes de contratos alavancados em 25x e 50x sendo encerrados.
Acumulação pronta para a próxima fase
A acumulação de investidores de longo prazo atingiu o seu pico nas últimas semanas e agora parece estar se preparando para uma nova etapa. Esse é um dos principais indicadores macro na minha opinião, e agora ele parece estar caminhando para a etapa de distribuição de moedas, fase na qual o smart money começa a realizar lucros e um grande movimento de alta se inicia.
Repare que após o pico de acumulação, o indicador LTH Supply Shock inicia a sua reversão, seguindo na direção da parte inferior da banda verde do gráfico. Esse foi o padrão repetido em 3 movimentos anteriores, levando o bitcoin a uma grande pernada de alta.
Um outro indicador que nos ajuda a entender a oferta versus a demanda é o balanço em corretoras, pois ele nos dá uma noção das moedas que não estão disponíveis para negociação (provavelmente em cold storages). Atualmente o valor está em seu menor nível desde Agosto de 2018. No início de Novembro tivemos uma forte aceleração nesse movimento, atingindo mais de 5 mil bitcoins em retiradas líquidas diárias.
Receita diária de mineradores em alta
As receitas de mineradores são denominadas em bitcoin, mas os custos de hardware, energia e logística estão em dólares. Apesar do incentivo pago estar cada dia mais baixo por causa do halving, as receitas em moeda fiduciária estão próximas a valores máximos. Isso significa que a indústria de mineração está sendo paga próxima ao nível mais alto da história por seus serviços.
Os mineradores estão recebendo, em média, USD 60 milhões por dia para proteger a rede do bitcoin. É como se milhares de estranhos ao redor do planeta trabalhassem de forma ininterrupta para proteger a rede de computação mais forte do mundo.
Ativação do Taproot está próxima
Embora não tenha nenhum dado ou gráfico para mostrar no momento, achei importante mencionar sobre a ativação do Taproot que deve acontecer no início da próxima semana.
Acredita-se que a atualização já tenha sido precificada, e que não devemos esperar uma grande alta de preço simplesmente pela sua implementação. Mas o fato é que esta é uma das principais atualizações na rede do bitcoin nos últimos anos e fortalece ainda mais os fundamentos da tecnologia no longo prazo.
O Taproot tem como objetivo, entre outras coisas, aumentar a privacidade, escalabilidade e segurança em transações na rede por meio de uma inovação chamada de “Schnorr signatures”. Essa atualização está prevista para ser implementada no dia 14 de Novembro.
Em resumo
O preço do bitcoin pareceu entrar em uma zona um pouco esticada após as grandes altas de Outubro, e uma consolidação era esperada para o mercado decidir qual a sua próxima tendência. Nesse meio tempo, é natural que eventos de volatilidade aconteçam, principalmente por conta dos excessos de alavancagem, como vimos essa semana.
Os fundamentos apontam que está tudo preparado para um forte movimento de alta nas próximas semanas, mas não se assuste se antes tivermos uma queda maior para mexer com o psicológico do mercado!
Muito obrigado e até a próxima semana!
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O áudio desta newsletter foi gerado por meio de inteligência artificial. Algumas palavras ou expressões podem soar diferentes, mas estamos trabalhando para melhorar a precisão.
Edição 12 - Análise da semana [06/11 - 12/11]